sábado, 22 de fevereiro de 2014

DISSONANTE

Dois no escuro sem sombra nem paisagem,
lembro-me dos poucos anos onde os gatos eram pardos
e mandavam nas ruas com seus miados
de amedrontar donas de casa e rapazinhos mimados,
sem passar despercebidos por donzelas indefesas,
totalmente controladas por seu folguedos ardentes.
Risos na janela do quarto
quando se pula para fazer safadeza
e rezar o terço chorosas ao amanhecer.
Mais um coração partido,
mais uma vitima do criador solteirão.
Óh, óh óh, óh, óh, óh...
Sinto asco, sinto dó,
não que o valha... 


Tirania dos sentidos,
Paulo Roberto Wovst Leite.